Previsto para 5 de novembro, o Itaú encerrará as atividades da agência localizada na avenida Tancredo Neves, no bairro Caminho das Árvores, em Salvador. A decisão afetará cerca de 20 mil clientes e 28 funcionários, surpreendendo a equipe, que ressaltou a importância histórica da unidade, fundada em 1992, no atendimento a pessoas físicas e jurídicas. (Por Yasmin Henrique)
Diante do anúncio, o Sindicato dos Bancários da Bahia realizou uma manifestação em frente à agência nesta quarta-feira (17), dialogando com os funcionários e reforçando a oposição à medida, devido ao impacto do fechamento sobre clientes que ainda dependem do atendimento presencial.
Fechamento do Itaú
O fechamento da agência faz parte da estratégia do Itaú de fortalecer seus canais digitais, considerando que 97% das transações de clientes pessoas físicas já são realizadas de forma online. Segundo o banco, as unidades físicas terão um papel mais consultivo, unindo atendimento humano especializado à praticidade e eficiência dos serviços digitais.
Por outro lado, Luciana Dória, diretora da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, alerta que uma parcela significativa de clientes ainda depende do atendimento presencial, seja por limitações de acesso à tecnologia, pouca familiaridade com os sistemas digitais ou receio de golpes virtuais, especialmente entre os usuários mais vulneráveis.
Tendência do mercado
A agência do Caminho das Árvores será a quarta unidade de grande porte a encerrar atividades em Salvador em 2025, sucedendo os fechamentos das agências de Brotas, Cabula e Imbuí, que juntos afetaram cerca de 73 mil clientes.
O encerramento ocorre pouco depois da demissão de aproximadamente 1 mil funcionários ligados a operações digitais em São Paulo, uma medida justificada pelo banco como consequência de baixa produtividade, mas alvo de críticas de ex-colaboradores e representantes sindicais.
Em 2024, Itaú, Bradesco e Santander fecharam 856 agências em conjunto, e desde 2014 mais de cinco mil unidades foram extintas, evidenciando a tendência de digitalização e reestruturação do setor bancário em todo o país. (Fonte: Tribuna de Minas)
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