Bem-estar no trabalho cresce, mas ainda não atinge taxa ideal




Medição da startup Zenklub indica que empresas que investiram na saúde mental dos funcionários têm taxa de bem-estar mais alta que demais corporações; mulheres e mais jovens sofrem mais - 

As empresas que criaram iniciativas em prol da saúde mental começaram a ver os resultados de seus investimentos. De acordo com a segunda edição do Índice de Bem-Estar Corporativo (IBC), as organizações que investem em saúde emocional obtiveram nota 74, enquanto a média nacional foi de 61,7 (em uma escala de 0 a 100).

Os números ainda estão abaixo do ideal proposto pelo próprio índice, que é de 78, mas são superiores aos 49,2 obtidos no segundo semestre de 2021 (primeira edição da pesquisa). Quanto maior o índice, significa que mais saudável é o ambiente organizacional da empresa.

Para chegar aos resultados, a startup Zenklub, especializada em cuidado emocional corporativo, analisou nove quesitos: relacionamento com os líderes, relacionamento com os colegas, conflitos, exaustão, preocupação constante, desconexão do trabalho, volume de demanda, autonomia e participação e clareza das responsabilidades.

Os dois pontos de maior impacto no bem-estar do trabalhador brasileiro foram a exaustão e a preocupação constante com o trabalho. No caso da exaustão, o índice foi de 48,1, o que representa uma melhora de mais de 10 pontos em relação a 2021, cujo índice era de 58,7. Neste aspecto, quanto menor o número, menor é o nível de exaustão do colaborador.

Já em relação à preocupação constante com o trabalho, ou seja, o estado em que a pessoa não consegue se desconectar do trabalho fora do expediente, não consegue fazer pausas e até mesmo se sente culpada por tirar folgas e férias, o índice foi 41,8. O número também melhorou em relação ao ano passado, cujo índice era 46,5.

A pesquisa também apontou que quem sofre mais com questões de saúde emocional no trabalho são as mulheres e as pessoas entre 25 e 34 anos. As mulheres tiveram os piores resultados nos quesitos de exaustão (53,3), preocupação constante (47,3) e volume de demanda (37,3). Quando comparados aos índices dos homens, a diferença média é de aproximadamente nove pontos.

Já em relação aos jovens, eles tiveram os piores índices de exaustão, com 52,6. Já as pessoas que têm entre 45 e 70 anos apresentaram os melhores resultados em todos os nove pontos analisados.

A pesquisa foi realizada na última semana de março, com 500 trabalhadores acima dos 18 anos, de todas as regiões do Brasil. (Fonte: Estadão)

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