PANDEMIA - Bancos continuam fechando agências e demitindo, apesar dos lucros bilionários




“Mesmo em plena pandemia, os bancos continuam obtendo lucros bilionários e, apesar disso, estão demitindo funcionários, fechando agências e encerrando atividades de caixas eletrônicos”, criticou o presidente da Federação dos Bancários do Estado do Paraná (Feeb-PR) e do Sindicato de Cascavel e Região, Gladir Basso.

Ao fazer esta afirmação, o dirigente bancário refere-se ao fato de que, somente no primeiro trimestre deste ano, em um cenário de pandemia, avanço da digitalização e pressão para redução de custos, os bancos fecharam 399 agências e tiraram 726 caixas eletrônicos de operação, dando continuidade a um movimento de enxugamento de estrutura física que vem se intensificando do ano passado para cá. No mesmo período, foram demitidos 2.900 funcionários, com destaque para escriturários e gerentes.

Ainda segundo Gladir Basso, dados do Banco Central mostram que, de dezembro de 2016 para cá, as instituições financeiras já fecharam as portas de mais de 4.000 agências bancárias, o equivalente a quase 20% do total que possuíam há cinco anos.

Somente de janeiro de 2020 para cá, 13,2 mil bancários foram desligados, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) –o cadastro mudou a metodologia a partir de 2020 e não permite comparação com períodos anteriores.

LUCROS
Gladir Basso cita que esse enxugamento que os bancos vêm promovendo ocorre mesmo diante dos lucros abusivos e bilionários que estão auferindo. No primeiro trimestre de 2021, o Itaú Unibanco obteve lucro líquido de R$ 6,4 bilhões, representando alta de 63,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o Bradesco assegurou lucro líquido de R$ 6,515 bilhões, alta de 74%, no mesmo período. O Santander obteve lucro líquido de R$ 4,012 bilhões, aumento de 4,1% se comparado com o mesmo período de 2021. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal ainda não divulgaram seus balanços financeiros referentes a esse período.

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