A Caixa Econômica Federal vai atuar nas ofertas públicas iniciais de ações de seus negócios e também em operações de fusões e aquisições. A ideia é aproveitar a força de distribuição de varejo, com mais de 91 milhões de clientes, e ainda seu braço de banco de investimento. O Banco do Brasil já segue esse modelo. Em contrapartida, o número de assessores externos deve ser limitado.
Na oferta de capital dos negócios de seguros, cartões, lotex e gestão de recursos, serão apenas quatro bancos, incluindo a própria Caixa. Na cabeça de Pedro Guimarães, que assumiu a presidência do banco público, dois agentes estavam de bom tamanho. Nas operações de fusões, como a venda do banco Pan, por exemplo, a Caixa deve participar e selecionar apenas mais um banco para assessorá-la.
Full time
Ao limitar o número de instituições em seus negócios, a nova gestão da Caixa busca ter uma maior dedicação do time de assessores. A intenção é colocar os “olhos e o celular” do dono do banco de investimento em prol do negócio. Embora nem todos da Faria Lima, reduto financeiro em São Paulo, tenham aprovado a nomeação de Guimarães, alguns banqueiros de investimento admitem que sua tese faz sentido. Quanto mais bancos, mais confusão e menos foco. Os selecionados terão de suar a camisa. O presidente da Caixa quer quatro ofertas de ação em 12 meses.
Facão
O número de instituições cogitadas pela Caixa é muito diferente do que visto no passado recente. Na última tentativa que fez para abrir capital, a Caixa Seguridade selecionou nove bancos: BB Investimentos na condição de líder, UBS, Goldman Sachs, Bradesco BBI, Itaú BBA, BTG Pactual, Bank of America Merrill Lynch, Brasil Plural e Citi. Pela ótica da nova gestão, o número cairia para menos da metade agora. Brasil Plural também deve ficar de fora, já que Guimarães era sócio do banco e sua participação iria contrariar regras de governança. Procurada, a Caixa não comentou. (Fonte: Estadão)