Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 3,873 bilhões no segundo trimestre




Lucro do 2º tri do Bradesco cai 40,1% em um ano, mas ensaia recuperação sobre o 1º trimestre (Por Aline Bronzati) 

Resultados do segundo trimestre continuaram sendo impactados pela pandemia do novo coronavírus, que exigiu um reforço no colchão para perdas diante do futuro aumento da inadimplência.

O Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 3,873 bilhões no segundo trimestre deste ano, cifra 40,1% menor que a identificada um ano antes, de R$ 6,462 bilhões. Na comparação com os três meses anteriores, entretanto, o resultado foi 3,2% maior.

Os resultados do segundo trimestre continuaram sendo impactados pela pandemia do novo coronavírus, que exigiu um reforço no colchão para perdas diante do futuro aumento da inadimplência. De acordo com o banco, os efeitos no período "foram mais acentuados" e um novo reforço de provisões foi feito, em um total de cerca de R$ 4,5 bilhões, considerando as operações de crédito e seguros.

"Mesmo diante deste cenário, o nosso lucro líquido avançou 3,2% em relação ao primeiro trimestre, já considerando o reforço de provisionamento para cenário econômico adverso que fizemos relacionado ao ramo financeiro, no valor de R$ 3,8 bilhões e R$ 747 milhões ao segmento de seguros", detalha o Bradesco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

No primeiro semestre, o lucro líquido do Bradesco somou R$ 7,626 bilhões, queda de 40,0% ante um ano, quando ficou em R$ 12,700 bilhões, refletindo o reforço nas provisões por conta da covid-19.

A carteira de crédito expandida do Bradesco totalizou R$ 661,115 bilhões de abril a junho, saldo 0,9% maior que o visto nos três meses anteriores. Em um ano, o crescimento foi de 14,9%. Em ambas as comparações, houve desaceleração no ritmo de crescimento frente ao primeiro trimestre passada a euforia na demanda por crédito em meio à crise desencadeada pela pandemia.

O aumento no crédito foi capitaneado pelo segmento corporativo. Empréstimos para empresas cresceram 2,2% no segundo trimestre frente ao primeiro e 16,4% em um ano. A carteira de pessoa física foi na contramão em meio à crise. Encolheu 1,3% no segundo trimestre contra o primeiro. Em um ano, porém, teve alta de 12,3%.

O banco encerrou junho com R$ 1,571 trilhão em ativos totais, incremento de 11,3% em um ano. No comparativo trimestral, foi identificada alta de 5,7%.

Já o patrimônio líquido do Bradesco foi a R$ 135,134 bilhões no segundo trimestre, aumento de 4,3% em relação ao primeiro. Ante o mesmo intervalo do ano passado, subiu 1,1%.

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio (ROE, na sigla em inglês), impactada pela pandemia, voltou a subir. Passou de 11,7% no primeiro trimestre para 11,9% no segundo. Em um ano, estava em 20,6%.  

Bradesco já fechou mais de 300 agências físicas neste ano
O Bradesco fechou as portas de 311 agências ao longo de 2020. O movimento está em linha com o plano já anunciado pelo banco de enxugamento da rede física. Em um ano, a redução chega a 414 agências.

A maioria das unidades fechou as portas no segundo trimestre, ápice da pandemia do novo coronavírus no País. Foram encerradas 233 unidades no período. Além disso, o Bradesco também aponta a baixa de 447 funcionários durante frente ao trimestre anterior. Ao fim de junho, o banco contava com um quadro total de 96.787 trabalhadores.

As despesas operacionais do Bradesco somaram R$ 11,459 bilhões no segundo trimestre, queda de 2,5% ante o primeiro. Em um ano, a redução chegou a 5,5%. (Fonte: Estadão)

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