“Há um volume enorme de nova demanda por crédito na economia, muitos setores em extrema
Empresários que aderirem terão oito meses de carência para pagar a primeira parcela
O Banco do Brasil anunciou, nesta quarta-feira (1º), que pretende emprestar R$ 3,7 bilhões às micro e pequenas empresas dentro do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).
A linha tem garantia da União e juros mais baixos que os praticados no mercado. Das 4,5 milhões de empresas elegíveis, 2,3 milhões são clientes do Banco do Brasil, diz a instituição.
A oferta de crédito começa quase quatro meses após a chegada do novo coronavírus no país. “Entramos em contato com 200 mil empresas e temos 45 mil contratos já pactuados, faltando apenas a assinatura”, contou o vice-presidente de negócios de varejo do banco, Cláudio Motta.
Segundo a instituição, hoje serão firmados os primeiros 1.500 contratos. O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou que não haverá empoçamento de recursos.
“Tem havido uma sensação de escassez que leva a alguns comentários no sentido de que estaria havendo empoçamento do crédito por parte do sistema bancário, isso não tem ocorrido”, disse.
dificuldade, especialmente micro e pequenas empresas, se dirigiram ao banco em busca de empréstimos, o que dá uma sensação de escassez”, justificou.
Em seu ponto de vista, o pior da crise econômica já passou. Ele enfatizou que o pico da pandemia passou em algumas cidades e que os números têm surpreendido a equipe econômica positivamente.
“Eu tenho uma notícia boa para dar. É que o auge da crise aconteceu em abril, a partir de abril, a economia começou a se recuperar. Foi só soltarem um pouco os freios, liberarem um pouco as atividades econômicas, que as empresas responderam e o consumidor respondeu”, comemorou Novaes.
“Acreditamos que a escalada de melhoria da economia permanecerá nos próximos meses”, completou.
O Pronampe foi aprovado pelo Congresso em abril para facilitar o acesso ao crédito de pequenos negócios que sofrem com a pandemia do novo coronavírus.
O governo disponibilizou R$ 15,9 bilhões, que serão usados como garantia dos empréstimos. Todos os bancos podem aderir ao programa.
Empresas com faturamento de até R$ 4,8 milhões ao ano podem participar. Desse total, 80% dos financiamentos serão direcionados a companhias com faturamento de até R$ 360 mil ao ano.
O valor máximo liberado por empreendimento será de 30% da receita bruta anual registrada em 2019. Os recursos poderão ser usados em capital de giro ou uma combinação de investimento associado a capital de giro.
Empresários que aderirem terão oito meses de carência para pagar a primeira parcela. O montante deverá ser quitado nos 28 meses seguintes.
A taxa de juros corresponde à Selic (hoje em 2,25% ao ano) acrescida de 1,25% ao ano. (Fonte: Folha SP)