Sindicato dos Bancários realiza ato no centro de Maringá nesta segunda e terça-feira





Entidade chama a atenção para a Reforma da Previdência e os impactos para os trabalhadores

O Sindicato dos Bancários de Maringá e Região realiza ato público nesta segunda e terça-feira (29 e 30 de abril), das 8h30 às 17h, para chamar a atenção dos trabalhadores e da sociedade em geral para a discussão da reforma previdência. Uma barraca será montada na Avenida Getúlio Vargas, esquina com a Santos Dumont, no centro da cidade.

O ato do Sindicato será realizado às véspera do Dia dos Trabalhadores, oportunidade para reflexão acerca do momento atual, das lutas da classe trabalhadora e da ameaça de perdas de direitos.

Confira carta aberta que será divulgada no local, nos dois dias.

 CARTA ABERTA

O Sindicato dos Bancários de Maringá e Região realiza este ato público nesta segunda e terça-feira para chamar a atenção dos trabalhadores e da sociedade em geral para a discussão do projeto de Reforma da Previdência, que está na Câmara dos Deputados.

Não podemos aceitar que uma mudança tão drástica e impactante na vida de todos os brasileiros ocorra da forma como esta vem sendo encaminhada até aqui.

Em primeiro lugar, falta diálogo com toda a sociedade, principalmente com os principais impactados pela proposta, que são os trabalhadores. O governo sequer sentou para ouvir os representantes da classe trabalhadora, que são os sindicatos.

Falta transparência na condução do processo. O Governo fala em rombo no caixa da previdência, mas não apresenta os números. O Governo omite a informação de que, durante 25 anos, sobraram recursos no caixa da previdência, e este superávit serviu para cobrir outras despesas. Não explica que a previdência social é formada por um tripé – Seguridade, Saúde e Assistência Social. E que existem impostos arrecadados para esta finalidade, mas que são desviados para outros fins.

Não podemos aceitar que seja feita uma reforma sem atacar o mal pela raiz. Acabarão os privilégios do alto funcionamento em Brasília, de magistrados, de políticos? Ou somente os trabalhadores mais pobres pagarão a conta?

Os trabalhadores não podem aceitar uma reforma que não esteja incluída em um projeto mais amplo de combate a corrupção, de revisão do tamanho da máquina pública, que está inchada, que prime por uma gestão eficiente dos recursos públicos.

 E o que dizer da sonegação fiscal, que corre à solta? Grandes organizações privadas sonegam ao INSS mais de R$ 450 bilhões.

Por que será que, sempre que tem uma notícia favorável a esta reforma o mercado financeiro comemora e quando surge notícia negativa a Bolsa de Valores despenca?

Está claro que quem ganha com a reforma é o sistema financeiro, o capital especulativo. Sabemos que o ministro da Economia, Paulo Guedes, é ligado ao bancos.

É mais que visível que assim que esta reforma for aprovada o Governo virá com a proposta de criar o sistema de capitalização privado. E este aos poucos irá substituir o sistema público. Em outras palavras, além de tomarem uma parte do seu salário para a previdência social pública, ainda levarão os trabalhadores a investirem na previdência privada, dos grandes bancos.

E não é isso o que queremos. Queremos, sim, uma reforma justa, que acaba com privilégios, que devolva ao trabalhador o que ele contribuiu e que ampare os mais pobres na velhice. Não uma mudança na Constituição feita às pressas, apenas para atender aos interesses do mercado financeiro e de grandes corporações.

Lembre-se o seu futuro, o nosso, dos nosso filhos, das futuras gerações, está em jogo. Por isso, estamos mobilizados neste dia. Se não lutarmos, mais uma vez, nossos direitos serão surripiados. 
(Fonte: Seeb Maringá)

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