Tiveram as maiores baixas as economias do Amapá (-5,5%), do Amazonas (-5,4%) e do Rio Grande do Sul (-4,6%). O volume do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 registrou queda em todas as unidades da Federação, segundo o recorte divulgado nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda generalizada é a primeira desde quando a série histórica foi criada, em 2002. Considerando todas as regiões, a queda do PIB foi de 3,5%. Tiveram as maiores baixas as economias do Amapá (-5,5%), do Amazonas (-5,4%) e do Rio Grande do Sul (-4,6%). Já Mato Grosso do Sul (-0,3%), Roraima (-0,3%) e Tocantins (-0,4%) tiveram as quedas mais suaves em 2015. "O Amapá teve um problema na exportação de minério, um problema no porto, e isso gerou efeito em todas as outras atividades do estado”, ressaltou Frederico Sergio Cunha, gerente de Contas Regionais. “O ano de 2015 com todo mundo decrescendo é inédito nesta série. E em nenhuma outra série realizada pelo IBGE desde 1985 não houve situação semelhante. É muito difícil você ter queda conjunta, em função da administração pública”, afirmou Cunha. De acordo com o pesquisador, a construção vinha segurando o PIB de muitos estados. Em 2015, no entanto, houve uma queda generalizada entre todos os estados. De acordo com o IBGE, o Rio de Janeiro, segunda unidade da Federação com maior participação no PIB brasileiro, foi o estado que registrou a maior perda relativa na comparação com o ano anterior. A variação em volume do PIB foi de -2,8% - uma queda de 0,6 ponto percentual. Os cinco estados com maior participação no PIB do país em 2015 foram São Paulo (32,4%), Rio de Janeiro (11,0%), Minas Gerais (8,7%), Rio Grande do Sul (6,4%) e Paraná (6,3%). São Paulo, que permanece respondendo pela maior parte da composição do PIB brasileiro, teve queda de 4,1% no volume. A indústria paulista recuou 7,3% em termos de volume em 2015. Esta queda foi puxada pela indústria de transformação, que recuou 10% em relação ao ano anterior. Já agropecuária em São Paulo cresceu 8,4% em volume 8,4%, puxada sobretudo pela agricultura. O pesquisador do IBGE destacou que é possível dividir o PIB brasileiro, em termos de composição, em três grupos: o primeiro formado exclusivamente, por São Paulo; o segundo formado por Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná; e o terceiro composto pelos demais 22 estados. “Esse é o Brasil: apesar de tudo, ainda muito concentrado em termos de Produto Interno Bruto ou de geração de renda”, afirmou.. Em 2002, SP respondia por 34,9% do PIB nacional, e essa participação caiu para 32,4% em 2015. A participação do segundo grupo caiu de 33,3% para 32,3% no mesmo período. Já a participação do terceiro grupo aumentou de 31,9% para 35,3%. “Na comparação com 2002, o bloco que mais ganhou participação foi justamente o dos 22 estados menores”, apontou Cunha. PIB per capita Apesar de o PIB per capita do Piauí ser um dos menores, o estado registrou o maior crescimento entre todos as unidades da federação, aumentando cerca de 5 vezes entre 2002 e 2015 (de R$ 2.440,70 para R$ 12.218,51). Remuneração do empregados Na região Norte, a remuneração dos empregados tem 44,9% de participação no PIB - superando a média do país (44,6%). Nesta região estão os dois estados brasileiros com maior peso: Roraima (58,5%) e Amapá (57,1%). O Sudeste concentra 54% da economia brasileira e 44,1% do seu PIB vem da remuneração dos empregados. Já a participação dessa componente no PIB da região Sul é de 42,4%. (Fonte: G1) |