Na sétima rodada, Fenaban não avança e nova negociação ocorrerá terça-feira




Gladir Basso, Carlos Rodrigues e Gilberto Leite, presentes à mesa de negociação com Fenaban

Panorâmica da mesa de negociação entre Fenaban e Bancários

Os bancos não apresentaram nova proposta e a sétima rodada de negociação, realizada nesta sexta-feira (17), em São Paulo, terminou sem avanço. A reunião ocorreu no período da tarde, envolvendo a Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação – CEBNN – da Contec (Confederação Nacional dos Bancários) e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Ao final do encontro ficou marcada nova rodada – a oitava desta campanha salarial – para a próxima terça-feira, dia 21, a partir das 10 horas, novamente em São Paulo.

O Paraná esteve representado na reunião desta sexta-feira pelo presidente da Federação dos Bancários do Paraná e do Sindicato de Cascavel e Região, Gladir Basso; Carlos Roberto Rodrigues, vice-presidente do Seeb de Maringá, e Gilberto Lopez Leite, presidente do Seeb de Ponta Grossa.

Após a reunião com a Fenaban, a Contec teve rodadas de negociação com as direções do Banco do Brasil e da Caixa sem avanços. Negociação continuará na terça feira (21).

Na rodada dessa sexta-feira, o comando dos bancários cobrou e ficou acordado na mesa que essa nova negociação de terça-feira próxima só se encerrará quando houver uma proposta ou se chegar a um impasse. O desfecho desta nova reunião será submetido à discussão e deliberação dos bancários em assembleias que serão convocadas pelos seus sindicatos em suas respectivas bases.

“Até agora, a proposta dos bancos apenas repõe o INPC dos últimos doze meses (estimada em 3,79% de 1º de setembro/2017 a 31 de agosto/2018), sem nada de aumento real. “Não abrimos mão de ganho real para os salários. Caso contrário, não restará outro caminho para a categoria que não seja a greve no seu momento oportuno”, advertiu Gladir Basso.

Vale lembrar que a proposta patronal apresentada dia 7 passado foi rejeitada na mesa pelo comando e pelas assembleias dos bancários por todo País.

Além do aumento real de salários, reforça Gladir Basso, a classe reivindica a garantia de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e de que não serão substituídos por trabalhadores terceirizados, intermitentes, PJs, temporários, além de estarem preocupados com a questão da  ultratividade, que é a manutenção dos direitos até a assinatura de um novo acordo. Exigem também a garantia de respeito aos acordos específicos de BB e da Caixa Econômica Federal.

BANCOS LIDERAM EM LUCRO
Pesquisa da consultoria Economatica mostra que, enquanto os demais setores da economia perdem com a crise, os bancos continuam lucrando. Neste sentido, segundo o levantamento, dos 26 setores avaliados, seis tiveram prejuízo. E o mais lucrativo foi o bancário, que fechou o segundo trimestre de 2018 com R$ 17,6 bilhões contra R$ 15,2 bilhões em 2017, crescimento de 15,57% ou R$ 2,37 bilhões (o levantamento é apenas entre empresas com ações na bolsa, portanto, não foi levado em conta o lucro da Caixa).

Mesa do BB, negociação continuará na próxima terça (21)

Mesa específica da Caixa

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